sábado, 5 de março de 2022

A APSI faz 30 anos!

 A APSI faz 30 Anos! 

Sim, sim. É verdade e já sabemos que não parece nada, que ninguém nos daria essa idade…mas cá estamos, chegados à fase da vida em que, dizem, tudo muda. Que seja para melhor porque com isso, serão também os nossos jovens e crianças a beneficiar.


Mas, por mais que tudo mude, sabemos que há algo com que nascemos e que não estamos dispostos a perder: a nossa determinação, a nossa vontade de fazer mais e melhor, a nossa força por levar por diante aquilo que nos fez nascer em 1992.


Num país com a 5ª taxa de natalidade mais baixa da União Europeia, sentimos que somos os guardiões do nosso melhor efetivo: as crianças. E por elas, continuaremos a luta para que, em Portugal, se perceba de uma vez por todas, que a segurança não é sinónimo de super-proteção e que a prevenção é a estratégia que mais baixos custos acarreta para o país.


segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

Opinião APSI: Acidentes com Pilhas


Uma criança de 3 anos engoliu uma pilha de lítio, em forma de moeda ou botão, que supostamente já estava “descarregada”, quando os pais estavam a trocá-la por uma nova. Quando a pilha desapareceu o pai desconfiou que a criança pudesse tê-la engolido e levou-a imediatamente ao hospital. Apesar da intervenção rápida fez uma queimadura grave no esófago onde ficara presa.

As pilhas do tipo botão são achatadas, redondas e geralmente prateadas, e existem em muitos tamanhos e tipos diferentes (composição e voltagem). Em casa, podem estar “escondidas” dentro de muitos produtos que utilizamos no nosso dia a dia e em locais de fácil acesso às crianças: 

- em auriculares para utilizar em jogos, em balanças digitais, na chave do carro, em comandos de portões ou portas de garagem, em controlos remotos de aparelhos audiovisuais ou outros, em brinquedos eletrónicos, etc.; 

- em gavetas (pilhas sobresselentes), em frascos ou sacos, pilhas supostamente descarregadas, para serem despejadas nos contentores para reciclagem, ou até mesmo caídas no chão, debaixo de um móvel, atrás das almofadas de um sofá; 

- em cima de uma mesa, à vista e alcance das crianças, porque os pais desconhecem ou não valorizam o risco associado. 

Também os AirTags devem ser alvo de alguma atenção — não pelo dispositivo em si que, apesar do tamanho reduzido, cumpre as normas de segurança, mas pelo facto de conter uma bateria que (caso a criança consiga aceder-lhe) encerra os riscos já mencionados. 

A norma de segurança dos brinquedos exige que as pilhas estejam em compartimentos fechados e que só possam abrir-se com uma chave de parafusos. Contudo, muitos produtos como cartões musicais, velas sem chama (geralmente designadas como velas LED), controlos remotos e dispositivos eletrónicos não têm compartimentos com chave. 

As mais perigosas são as pilhas de lítio pois, se uma destas pilhas ficar presa no tubo digestivo, a sua energia reage com a saliva dando origem a soda cáustica que, como sabemos, é um produto altamente corrosivo. Pode queimar qualquer zona do aparelho digestivo (esófago, estômago) ou mesmo artérias principais, causando hemorragias internas que podem levar à morte da criança.  

Podem também deixar lesões irreversíveis, como por exemplo alterações nas cordas vocais que impedirão a criança de falar normalmente e no esófago, impedindo uma alimentação normal. Se forem introduzidas no nariz podem fazer buracos e nos ouvidos começa a escorrer líquido, podendo levar a perda de audição e paralisia facial. 

A reação química é geralmente rápida (cerca de 2 horas), mas em certos casos pode demorar dias ou mesmo semanas sem que os pais se apercebam de nada. É importante ter em conta o tipo de pilha – o seu tamanho e potência – mas também o tamanho da criança. 

É entre os 12 meses e os 4 anos que as crianças correm maior risco, contudo estes acidentes também podem acontecer com os bebés mais pequenos, que só rastejam ou gatinham, porque metem tudo na boca — a sua forma de explorar o que os rodeia. Contudo, também as crianças mais velhas podem colocar uma pilha propositadamente na boca, ou sobre a língua, para experimentar a sensação de uma descarga elétrica. 

Quando é necessário trocar uma pilha sem carga, na realidade ela já não tem força suficiente para pôr um aparelho a funcionar, mas contém um nível de produto tóxico suficiente para causar lesões. Uma pilha totalmente carregada causará lesões ainda mais graves. 

Os sintomas podem ser bastante vagos e semelhantes a doenças comuns, como dores de barriga, vómitos, tosse, a criança pode babar-se muito, estar mais calma e apenas “diferente” do habitual, ter falta de apetite, não querer ou não conseguir comer alimentos sólidos…    não evidenciando imediatamente uma situação clínica grave, o que pode atrasar o diagnóstico. A criança pode apenas apontar para a garganta ou a barriga para chamar a atenção aos pais. Mas pode haver vómitos de sangue vivo! 

 Em caso de suspeita: 

- Não fique à espera que surja algum sintoma; 

- Leve imediatamente a criança a um serviço de urgência hospitalar ou ligue 112; 

- Não deixe a criança comer nem beber; 

- Alerte o médico para a possibilidade de a criança ter engolido uma pilha de botão; 

- Leve o produto que tinha a pilha ou a embalagem das pilhas que tem em casa, pois ajudará a identificar o tipo de pilha e o tratamento mais indicado. 


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terça-feira, 4 de janeiro de 2022

SIBS volta a escolher a APSI como instituição beneficiária da sua campanha



Voltamos a fazer parte das associações beneficiárias da campanha "Ajudar é tão fácil", promovida pela SIBS, a quem gostaríamos de agradecer por considerarmos que se trata de um reconhecimento da importância do trabalho da APSI.


O objetivo da iniciativa é facilitar o processo de doaçãouma vez que, através do MB WAY Ser Solidário é mais simples, rápido e seguro.  


A APSI é uma associação sem fins lucrativos e sem apoios estatais, movida pela vontade de assegurar que todas as crianças crescem saudavelmente em ambientes seguros. Mesmo sem ter meios próprios ou qualquer ajuda do Estado, a maioria dos serviços que presta às famílias é gratuito 


Os vossos donativos permitem-nos continuar a desenvolver o trabalho pioneiro que temos feito na área da Segurança InfantilOs acidentes continuam a ser a maior causa de mortes de crianças e jovens em Portugal e por sabermos que a maioria podia ser evitada continuamos a trabalhar afincadamente para que este cenário mude.  


Se quiser ajudar a APSI a atingir este propósito basta doar:


  • - Através do seu smartphone: Leia QR CODE ou abra a aplicação MB WAY e escolha a APSI no separador Ser Solidário. 

  • - Em qualquer caixa MULTIBANCO. 



Ao doar à nossa Associação estará a apoiar a Promoção da Segurança Infantil, através de uma prevenção ativa de acidentes e da real defesa dos direitos da criança. 


Não se esqueça, não há contribuições pequenas porque qualquer valor faz a diferença! 




sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Opinião APSI: Crianças e Álcool Gel



A APSI alerta as famílias, sobretudo com crianças mais pequenas, para alguns riscos na utilização de álcool gel.  

Tem havido um aumento de intoxicações com este tipo de produto e outros de desinfeção das superfícies, pela maior utilização inerente à situação de pandemia. 

Existe risco de intoxicação quando as crianças ingerem o produto e, de acordo com o CIAV - Centro de Informação Anti-Venenos (800 250 250), nos últimos meses tem havido um aumento no número de casos reportados. Felizmente, a maior parte não são situações muito preocupantes, uma vez que a gravidade varia consoante o volume de álcool no produto e a quantidade ingerida. Mas mesmo uma pequena quantidade, dependendo do peso e da idade da criança, pode ter consequências.

Pode haver situações graves em que é necessário recorrer ao 112. Por exemplo, se a criança desmaiar, tiver convulsões, dificuldades respiratórias ou o adulto não conseguir acordá-la. 

Por isso, é fundamental que se crie o hábito de guardar estes produtos logo após a sua utilização, em locais fora do alcance e da vista das crianças e que não se faça transvase para garrafas de água ou de outras bebidas. 

Acidentes com dispensadores de álcool gel, verticais que se acionam com pedal ou doseadores de fácil acesso, principalmente em locais públicos, de trabalho ou em escolas, também chegaram ao conhecimento da APSI. O orifício por onde sai o álcool fica acima ou à altura da cara das crianças, havendo risco de o líquido atingir diretamente os olhos, provocando lesões, como por exemplo queimaduras da córnea que podem exigir tratamento hospitalar.

Acontecem sobretudo quando o adulto aciona o dispositivo com a criança próxima dele, ou quando esta o aciona sozinha. 

É isso que testemunha a mãe Ana Mendes:

“Estava cheia de pressa para deixar o meu filho e como habitualmente quando entramos em algum espaço desinfetamos as mãos. Coloco sempre o gel nas minhas mãos e desinfeto as do Afonso, mas naquele dia pedi-lhe que pusesse as mãos por baixo do frasco e carreguei. Saltou diretamente para o olho dele. Lavamos imediatamente, mas o mal estava feito. Aguardamos, lavagens sem conta com soro, acabamos nas urgências, resultado - lesão de 3mm na córnea. Após esse episódio já me dei conta que em todos os locais a altura dos recipientes de álcool está mesmo à altura da carinha dele e é um perigo!!!”

É com muita satisfação que na APSI recebemos a notícia que o Afonso está recuperado, mas infelizmente, poderá haver casos em que a recuperação seja mais lenta e difícil.

Sobretudo nas crianças, o gel desinfetante só deve ser utilizado quando não há hipótese nenhuma de lavarem as mãos com água limpa e sabonete ou sabão, durante pelo menos 20 segundos, respeitando os procedimentos indicados pela DGS.

Caso seja necessário utilizar álcool gel fora de casa, o adulto deve desinfetar primeiro as suas próprias mãos, e só depois, com elas já desinfetadas, deverá retirar e colocar nas mãos da criança a quantidade de gel necessária, ensinando-a a esfregar bem toda a superfície até que a pele esteja seca.

 

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

APSI: Entidade certificada pela DGERT


 A APSI - Associação para a Promoção da Segurança Infantil, é uma associação privada sem fins lucrativos, com o estatuto de utilidade pública e instituição particular de solidariedade social, que tem como objetivo promover a união e o desenvolvimento de esforços para a redução do número e da gravidade dos acidentes e das suas consequências nas crianças e jovens em Portugal.  

Desde a sua fundação, em 1992, que desenvolve o seu trabalho através da formação, educação, informação, comunicação, investigação e participação em processos legislativos e de normalização, intervindo em todos os ambientes frequentados pelas crianças: rodoviário, doméstico, aquático, lazer e escolar. 

Tratando-se a formação dum eixo central de atuação para a persecução dos seus objetivos, a APSI continua a apostar em ações de capacitação que vão desde a sensibilização de pais, educadores, técnicos para que os mesmos reconheçam a importância da prevenção de acidentes na infância e conheçam as práticas que poderão contribuir para uma maior e melhor segurança infantil. Mas aposta também numa formação profissional de qualidade e especializada para que os profissionais das várias áreas, que têm responsabilidade e/ou atuam nos ambientes onde as crianças vivem e brincam, estejam capacitados e munidos de ferramentas para desempenhar o seu papel de forma eficaz no desenho, construção e dinamização de produtos e espaços seguros, saudáveis e estimulantes para um desenvolvimento harmonioso das crianças. 

A APSI é uma entidade certificada pela DGERT, desde 2012, para a formação profissional nas áreas da Arquitetura e Urbanismo, Serviços de Apoio a Crianças e Jovens, e Serviços de Transporte. Esta certificação foi uma validação da qualidade dos processos formativos da APSI na formação para profissionais.

quarta-feira, 9 de outubro de 2019

Semana de Segurança Infantil - Alentejo






A APSI vai estar no Alentejo, de 17 a 22 de Outubro
As crianças não são adultos em miniatura, no entanto, os ambientes e os espaços que os adultos criam e lhes proporcionam, muitas vezes, não têm em conta as suas características. E esta desadequação dos ambientes, nomeadamente dos produtos e equipamentos, tornam-nas particularmente expostas aos acidentes!

A legislação exige que todos os serviços, espaços e produtos sejam seguros, no entanto, são comuns acidentes devido a artigos com defeito, artigos partidos ou aos quais faltam peças, montagem incorreta ou desrespeito pelas instruções de utilização, recurso a artigos em segunda mão ou emprestados, ausência de manutenção dos equipamentos e espaços, organização do espaço e das atividades desadequada e falhas nos procedimentos de atuação.

As crianças são consumidores especialmente vulneráveis. Cabe aos profissionais e às famílias assegurar que vivem, brincam, aprendem e se deslocam sem correr o risco de morrer ou ficar incapacitadas na sequência de um acidente evitável.

A APSI vai estar em Évora e Portalegre, a dinamizar diversas ações na área da Segurança Infantil, com o intuito de sensibilizar e capacitar os profissionais e famílias para a prevenção dos acidentes com crianças em diferentes contextos e espaços.

Se é um profissional de saúde, da educação, agente da PSP, GNR ou Polícia Municipal, instrutor de condução, motorista de transporte coletivo de crianças, técnico/a das câmaras municipais e juntas de freguesia, não perca a oportunidade de frequentar gratuitamente os WORSKSHOP DE SEGURANÇA INFANTIL da APSI.

Segurança em Casa - Segurança Rodoviária
Segurança na Escola e nos Espaços de Jogo e Recreio

Se é pai, mãe, avó ou avô não deixe de participar nas ações de educação parental previstas e apareça no Consultório de Segurança da APSI para esclarecer todas as suas dúvidas sobre a escolha e utilização de artigos e produtos para crianças.
Todas as ações são gratuitas. Calendário e programa disponíveis em setembro. Pode, desde já, reservar o seu lugar através dos seguintes formulários: Inscrição Évora ; Inscrição Portalegre

ou obter mais informação através do email: formacao@apsi.org.pt

Consulte calendário e programa em: http://www.apsi.org.pt/index.php/pt/noticias/275-semana-de-seguranca-infantil-alentejo

Esta iniciativa é apoiada pelo Fundo para a Promoção dos Direitos dos Consumidores.
FundoConsumidor